Gênero e Cidade: cinco verbos proibidos às mulheres conjugar na Cidade
DOI:
https://doi.org/10.62855/rcd.4.1.2023.144Abstract
Este ensaio aborda as interações entre Gênero, Cidade e Direito, inicialmente explorando a Sociologia Urbana e destacando verbos ligados ao Urbanismo que, devido ao comportamento da sociedade e ao planejamento urbano, são negados às mulheres. Em um segundo viés, a análise jurídica refere-se a teorias e decisões judiciais sobre o tema, prestando uma "licença poética" em homenagem a Elza Soares, que desafiou as restrições impostas às mulheres de sua época. O ensaio propõe um catálogo de verbos representando ações diariamente subtraídas às mulheres no exercício de seu direito à cidade, destacando cinco verbos do Direito à Cidade que Elza Soares incorporou em sua vida e arte. A cantora, uma voz poderosa na defesa dos direitos das mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+ e outras minorias, é lembrada por usar sua voz para revelar o que é silenciado, conforme expresso na letra de "O que se Cala" do álbum "Deus é Mulher" (2018). Elza Soares é reconhecida não apenas como uma renomada artista brasileira, mas como uma musa que enfrentou as injustiças e discriminações que não podem ser ignoradas.
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